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RS gera impactos na captação de leite no 2º trimestre de 2024

POR HELOISA VASCONCELOS

PANORAMA DE MERCADO

EM 05/09/2024

4 MIN DE LEITURA

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Os resultados definitivos da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, publicados hoje (05/09), confirmaram o sutil avanço na captação de leite no 2º trimestre de 2024.

Com um total de 5,83 bilhões de litros de leite captados no trimestre, a variação em relação ao 2º trimestre de 2023 chegou a 0,8%, como é possível observar no gráfico 1, um pouco acima do resultado anunciado nos dados prévios, de 0,4%.

Tabela 1. Captação mensal de leite no Brasil.

Captação mensal de leite no Brasil

 Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE, 2024.

Gráfico 1. Captação formal: Variação do volume total em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE, 2024.

Em relação aos resultados estaduais, Minas Gerais, o principal estado produtor do país, seguiu apresentando uma importante variação anual, de +7,1% (+94 milhões de litros) no volume captado no segundo trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2023. Sendo o grande destaque positivo para o trimestre.

Entre os demais estados que compõem os maiores produtores de leite do Brasil, Paraná foi o único, além de Minas Gerais, a apresentar uma variação anual positiva na captação formal de leite no último trimestre, com um resultado de mais 2,1%.

Em contrapartida, Goiás (-1,8%), São Paulo (-1,2%) e Santa Catarina (-0,8%) apresentaram recuos em suas captações no segundo trimestre de 2024, como pode ser observado no gráfico 2.

Além desses estados, havia uma grande expectativa para a variação da captação formal de leite no Rio Grande do Sul, que passou por severos desastres climáticos no período. De acordo com os dados divulgados pelo IBGE, a captação formal de leite do Rio Grande no Sul no 2º trimestre caiu cerca de 10,1% (-72 milhões de litros) em relação ao mesmo período de 2023.

A expressiva queda observada na captação de leite no estado foi fortemente influenciada pelas enchentes que ocorreram em maio deste ano, tendo justamente este mês em questão apresentado o menor resultado de captação mensal do estado desde maio de 2011, com apenas 207,1 milhões de litros de leite captados.

A fim de comparação, caso avaliássemos os resultados trimestrais sem o Rio Grande do Sul, o Brasil apresentaria um avanço de 2,3% no segundo trimestre ao invés do resultado de 0,8%, como de fato ocorreu, mostrando a relevância da queda da captação gaúcha nos resultados nacionais observados nos últimos meses.

Ao considerar todos os estados brasileiros, Piauí seguiu obtendo o maior crescimento percentual para captação formal de leite no segundo trimestre, de +35,6%. Outros estados nordestinos também foram destaques nos crescimentos percentuais, como Paraíba (+23,6%), Rio Grande do Norte (+21,4%) e Alagoas (+12,3%).

Em termos de volume de leite, em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, os principais crescimentos ficaram com os estados de Minas Gerais (+94 milhões de litros), Paraná (+17 milhões de litros), Sergipe (+7 milhões de litros) e Bahia (+7 milhões de litros).  Por outro lado, Rio Grande do Sul (-72 milhões de litros) e Goiás (-9 milhões de litros) foram os principais recuos em volume.

Gráfico 2. Variação na captação formal dos principais estados produtores entre o segundo trimestre de 2024 e o mesmo período de 2023.

Variação na captação formal dos principais estados produtores entre o segundo trimestre de 2024 e o mesmo período de 2023.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE, 2024.

Dentre as regiões brasileiras, o Nordeste obteve o maior crescimento percentual no segundo trimestre de 2024, de +5,7%, seguido da região Sudeste, que apresentou um crescimento percentual de +4,3%. Em termos de volume de leite, o Sudeste (+89 milhões de litros) e Nordeste (+29 milhões de litros) apresentaram os maiores avanços, com a região Sul, mesmo em queda, se mantendo como a maior região produtora do país.

Gráfico 3. Variação na captação formal de leite das regiões brasileiras entre o segundo trimestre de 2024 e o mesmo período de 2023.

Variação na captação formal de leite das regiões brasileiras entre o segundo trimestre de 2024 e o mesmo período de 2023.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE, 2024.

O que influenciou no aumento da captação?

De forma geral, pode-se dizer que o resultado trimestral ainda positivo foi influenciado principalmente pelo estado de Minas Gerais e pelo crescimento do Nordeste, visto que os estados do Sul e São Paulo, que já vinha apresentando uma queda gradual em sua produção nos últimos anos, apresentaram recuos em suas captações.

Dentro do estado de Minas Gerais houve um importante crescimento anual no segundo trimestre de 2024, porém, vale ressaltar que esse resultado ocorreu principalmente por conta dos recuos observados no estado no mesmo período em 2022 e 2023, visto que, mesmo com o forte aumento no segundo trimestre deste ano, Minas Gerais ainda apresentou um resultado trimestral abaixo do observado para o segundo trimestre de 2020 e 2021, por exemplo. Ou seja, a base comparativa de 2022 e 2023 são mais fracas dentre o histórico recente para a captação do segundo trimestre dentro do estado.

Expectativas para o restante 2024

Para o segundo semestre de 2024, a região Sul ainda deve apresentar algumas dificuldades em seu crescimento, em virtude dos impactos sofridos com as enchentes em maio e junho. No entanto, ainda devemos observar crescimentos, puxados pelos prováveis avanços de Minas Gerais e do Nordeste.

No atual 3º trimestre, a safra de leite mais fraca no Sul do país e a seca prolongada na região Centro-Norte tem criado um período mais desafiador para a produção. Todavia, para os próximos meses, espera-se que as condições climáticas sejam mais favoráveis, o que deve refletir em um crescimento mais robusto da produção no último trimestre do ano.

É importante destacar que as adversidades climáticas e a possível chegada do La Niña neste restante de 2024 podem impactar os resultados esperados para a produção de leite brasileira.

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