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Os impactos das enchentes no RS na captação de leite do estado

POR NATHALIA JERONYMO

UM GRÁFICO, UMA ANÁLISE

EM 13/09/2024

2 MIN DE LEITURA

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Os resultados finais da Pesquisa Trimestral do Leite do IBGE, divulgados em 05/09, confirmaram um crescimento na captação de leite no 2º trimestre de 2024. O total de 5,83 bilhões de litros de leite captados no trimestre representa um aumento de 0,8% em comparação com o 2º trimestre de 2023.

Apesar da variação positiva no trimestre para o total do Brasil, o estado do Rio Grande do Sul apresentou uma expressiva redução em sua captação - como já era amplamente esperado, em virtude dos severos desafios climáticos sofridos na região para o período. A grande dúvida era de qual seria o tamanho do reflexo das catástrofes climáticas na produção de leite no estado.

Segundo os dados do IBGE, houve uma diminuição no estado de cerca de 10,1% (-72 milhões de litros) na captação formal de leite no 2º trimestre de 2024. Abaixo, pode-se observar como foram os reflexos desses impactos ao longo dos meses.

Gráfico 1. Variação anual da captação de leite do Rio Grande do Sul.

Variação Anual da Captação do Rio Grande do Sul

Fonte: IBGE – Pesquisa Trimestral do Leite

Percebe-se que mesmo antes das chuvas intensas e enchentes, sofridas em maio, o estado já vinha passando por um período de decréscimo de sua produção, que foi acentuado no mês de maio. Para junho, a variação anual negativa voltou para níveis próximos ao que estava sendo observado anteriormente, o que evidencia que os impactos diretos das chuvas e os severos problemas logísticos de fato foram mais concentrados em maio, com o mês seguinte já voltando a demonstrar cenário um pouco menos desfavorável.

As chuvas no Rio Grande do Sul causaram problemas graves para os produtores de leite da região, incluindo perda de pastagens e alimentos, danos à infraestrutura, deslocamento de famílias e mão de obra e dificuldades logísticas, essas são apenas algumas das dificuldades que as propriedades têm enfrentado desde então, conforme amplamente discutido em artigos aqui no MilkPoint.

Para comparação, se excluíssemos os dados do Rio Grande do Sul, o Brasil teria registrado um crescimento de 2,3% no segundo trimestre, em vez do aumento de 0,8% realmente observado. Isso destaca a importância da queda na captação de leite no Sul para os resultados nacionais observados nos últimos meses.

Para o restante de 2024, o Rio Grande do Sul deve continuar enfrentando desafios na recuperação de sua estrutura de produção, entretanto, esperamos que essa retomada seja o mais breve possível.

 

Para discutir essa trajetória de recuperação e diversos outros aspectos da cadeia produtiva na região, técnicos, empresas e agentes de mercado estarão reunidos nos dias 18 e 19 de setembro, em Chapecó, para o Interleite Sul. Não fique de fora, inscreva-se agora mesmo!

 

 

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TABAJARA MARCONDES

FLORIANÓPOLIS - SANTA CATARINA - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

HÁ UM DIA

Nathalia, duas observações: 1ª) os dados da pesquisa trimestral do IBGE não têm relação completamente direta com o desempenho da produção dos estados, já que a pesquisa informa o estado de destino e não o de origem do leite captado. Não é por outra razão que o estado de SP tem muito mais leite captado do que a sua produção. Parte dessa queda de maio do RS, por exemplo, pode ter sido mais decorrente de uma maior "transferência" de leite para outros estados do que de perdas na produção. Isto vale também para os demais meses e até anos recentes. O fato de a captação de leite no RS ser decrescente não significa que a produção estadual está caindo. 2ª) Sobre isso: "Para o restante de 2024, o Rio Grande do Sul deve continuar enfrentando desafios na recuperação de sua estrutura produção...", há indicações de empresas que atuam em diversos estados que o RS tem tido desempenho de produção leiteira bem satisfatório nos meses recentes. O que, pelo descrito na 1ª observação, não necessariamente se refletirá em aumento da captação de leite naquele estado.
A conclusão disso tudo é que temos gravíssimos problemas com os dados, informação e conhecimento sobre a cadeia leiteira dos estados e do Brasil.
Embora o MilkPoint e o Centro de Inteligência do Leite/Embrapa sejam preciosos "espaços" no sentido de amenizar um pouco isso, creio que este segundo poderia coordenar um esforço nacional para muitos avanços. A cadeia leiteira nacional não apenas merece como precisa.
NATHALIA JERONYMO

PIRACICABA - SÃO PAULO - ESTUDANTE

HÁ UM DIA

Olá, Tabajara!

Muito obrigada pelos pontos levantados.

De fato, há uma diferença entre a produção efetiva e a captação pelas indústrias, que é mais acentuada em estados como São Paulo, como você mencionou. No entanto, em geral, inclusive no Rio Grande do Sul, a tendência da produção e da captação das indústrias é semelhante.

Para o RS, utilizando como base os dados da Pesquisa da Pecuária Municipal e da Pesquisa Trimestral do Leite, ambos do IBGE, a correlação entre a produção total e a captação formal foi de cerca de 98% entre 2000 e 2022.

Pelo que temos levantado com técnicos e indústrias da região, tanto a produção quanto a captação formal estão em recuperação, após os fortes impactos das enchentes em algumas regiões, mas ambos os indicadores tendem a sofrer retração em 2024. Esse cenário, inclusive, está refletido nas altas recentes no mercado de derivados, apesar de estarmos no pico da safra de leite na região Sul, a maior produtora do país.

Com certeza, a disponibilidade de dados sobre o setor (em quantidade, qualidade e frequência) ainda está aquém do que gostaríamos e precisamos, sendo fundamental progredirmos nesse sentido.

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