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A produção de leite nas condições do Nordeste brasileiro

POR RODRIGO GREGÓRIO DA SILVA

LEITE NO NORDESTE

EM 20/08/2024

3 MIN DE LEITURA

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A região Nordeste apresenta condições de clima e solo variável. Essa característica resulta em flutuações nas expectativas de produção vegetal em termos de quantidade e qualidade, que também variam ao longo do tempo e de acordo com cada sub-região nordestina. Dessa forma, a variabilidade é uma característica predominante da região. Assim, não é incomum observar locais no Nordeste que chove acima de 1.500 mm/ano, com temperaturas amenas e solos excelentes, pensando em mecanização e desenvolvimento das culturas.

No outro extremo, ocorrem as situações locais com chuvas com baixa média anual, mal distribuídas e solos com diversos impedimentos ao pleno desenvolvimento vegetal. É o que se diz, como expectativa da produção vegetal, como sendo esperada a variação no tempo e no espaço, com médias divergentes entre as sub-regiões e transições intensas (abruptas) em curto espaço.

Passando ao segundo nível de entendimento do sistema, com a planta agora compondo a ideia, sendo ela (a planta) o resultado do meio (clima e solo, com o manejo), não fica difícil compreender que os reflexos da grande variação e combinações das condições climáticas e de solo impõem plantas especializadas e com grandes diferenças em questões ligadas a adaptação. Características de textura de solo, associados aos aspectos de relevo, profundidade, que determinem a possibilidade de infiltrar mais ou menos água, existir ou não camadas de impedimento (impedem infiltração e/ou desenvolvimento radicular) e risco de saturação por água, definem quais culturas poderão ser utilizadas.

No terceiro nível, depois do tripé formado pelo clima, solo e planta, chega-se as possiblidades de volume de produção por área e características qualitativas das culturas. Como resultado do já exposto, se visualiza que a produção e a qualidade dos alimentos volumosos deverão ser bastante divergentes entre as sub-regiões nordestinas, definindo potenciais de produção bastante diferentes. Aqui se observa a impossibilidade de definir como objetivos básicos dos sistemas, produção e qualidade em mesmo nível. Há que se entender que cada sub-região apresentará potenciais diferente e demandas específicas na definição de seus componentes.

Entender dos climas locais, dos solos da região e das combinações destes dois, levará a escolha mais precisa das plantas. Havendo sucesso da escolha das plantas, é viável obter produções em maiores níveis possíveis para o ambiente, com a qualidade associada.

Chegamos ao quarto nível de entendimento. Neste, trata-se dos animais. Aqui, reside outro grande desafio: a definição dos animais. Pensando em leite, qual tipo de animal?

Vejamos, neste ponto. Clima com temperaturas, no geral, mais elevadas, com pouca variação anual. Chuvas que podem oscilar bastante em quantidade e distribuição. Solos que apresentam diferenças significativas, especialmente nas características físicas. Plantas desafiadas e apresentando mecanismos de adaptação que modulam a produção e a sua composição. E os animais, que trazem suas demandas e potenciais, porém dependentes dos componentes anteriormente mencionados.

Até agora construiu-se uma sequência lógica de um fluxo, em que o animal seria o resultado de uma sequência de condições. Esta sequência seria o clássico: clima → solo →  planta → animal. Porém, há a possibilidade de pensar no fluxo inverso. Com a produção e os animais necessários para uma situação específica e suas demandas de condições, alimentos volumosos e clima. Ou seja, define-se o sistema no sentido do clima ao animal ou do animal, chegando ao sistema?

Já chegando ao fim, observam-se desafios ainda por resolver na região. Dúvidas variadas, acompanhando as condições naturais, de mercado e de opinião dos envolvidos.

O que é adequado para Imperatriz-MA, se aproxima do que seria o mais recomendado para Ilheus-BA? Sendo, Bodocó-PE poderia copiar? Vou para Guaramiranga-CE, tentar fazer uma combinação dos três municípios citados anteriormente e ver no que dá!

Cuidemos, Nordeste, que produzir leite em suas condições, vai além de escolher quantos conjuntos deverão compor sua sala.

RODRIGO GREGÓRIO DA SILVA

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LÁZARO BATISTA

QUIXERAMOBIM - CEARÁ - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 22/08/2024

Fantástico, Professo Gregório!
LUCAS MELO

LAJEDO - PERNAMBUCO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/08/2024

Se falou de três itens , mas faltou o quarto e mas portante (o nordestino) , esse se adapta a qualquer sistema que ele resolva implantar.
SAULO LANDIM

ICÓ - CEARÁ - ESTUDANTE

EM 21/08/2024

Dr Rodrigo é o cara! Referência pra uma nova geração de pecuaristas que surge neste nosso nordeste
RAIMUNDO JOSÉ COUTO DOS REIS FILHO

FORTALEZA - CEARÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 21/08/2024

Top Rodrigo Gregório! Temos uma diversidade enorme dentro do Nordeste. É preciso estudar cada realidade e propor soluções factíveis e viáveis.
CARLOS ALENCAR

EUSÉBIO - CEARÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 20/08/2024

Boa Dr Rodrigo

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