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Diferenças e semelhanças técnicas e econômicas dos estratos de volume na produção de leite

VÁRIOS AUTORES

GLAUCO RODRIGUES CARVALHO

EM 09/09/2024

8 MIN DE LEITURA

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A pecuária de leite no Brasil tem registrado importantes mudanças ao longo dos últimos anos, com ganhos de produtividade das vacas, tendência de aumento do volume médio de produção por fazenda e consolidação. Em 10 anos, o aumento da produtividade média das vacas foi de 55%, segundo o IBGE, ilustrando a intensificação tecnológica em curso. No entanto, ainda considerando dados do IBGE, as médias brasileiras de produtividade das vacas permanecem baixas, com apenas 2.214 litros/vaca/ano, colocando o Brasil na 77ª posição no ranking mundial de produtividade por vaca.

Neste contexto, surgem questionamentos importantes relacionados ao volume de leite produzido, no que se refere aos resultados técnicos e econômicos dos diferentes estratos de volume, como: Produtores de maior volume tendem a possuir maior rentabilidade? Como os indicadores e custos de produção se comportam de acordo com o volume produzido? O que tem afetado a rentabilidade média das fazendas?

O objetivo deste conteúdo é explorar estes temas, com base em dados gerenciados pela Labor Rural. A avaliação considerou dados janeiro/2023 a dezembro/2023, deflacionados, de centenas de fazendas, divididas em cinco estratos de produção, gerados em função da similaridade entre as propriedades.

Rentabilidade

O ano de 2023 foi desafiador para o setor lácteo brasileiro, sobretudo no âmbito das margens. A queda no preço do leite, motivada por um elevado volume de importações e pela situação econômica do país, acabou apertando a rentabilidade do setor. O volume de equivalente em leite importado em 2023 foi o maior desde o período pós Plano Real, sendo ainda o maior valor histórico, em dólares. No total, foram importados 2.183 milhões de litros, o que correspondeu a 9% do volume total de leite inspecionado.

Analisando a taxa de remuneração do capital da atividade leiteira em 2023, é possível observar a baixa rentabilidade média dos produtores, sobretudo dos menores. Sem incluir terra na avaliação, a taxa de remuneração do capital variou de 2,7% até 17,6% ao ano (Figura 1). Especialmente para produtores de menor volume, a situação se mostrou ruim, perdendo inclusive para aplicações financeiras de baixo risco em renda fixa. Por outro lado, os produtores com maiores volumes de produção obtiveram resultados bastante atrativos.

Essa baixa rentabilidade média dos produtores menores cria um dilema para eles, uma vez que este resultado demonstra que para um desenvolvimento saudável da atividade, faz-se necessário se tornar maior em produção, obtendo ganho em escala com eficiência, entretanto existe a limitação da sua capacidade de investimento e expansão. Portanto, é um desafio enfrentado por estes produtores, com problemas tecnológicos, econômicos e financeiros dificultando seu crescimento, e que demandam políticas públicas com linhas específicas de financiamento para ganhos de volume e escala, com prazos longos e taxas de juros mais baixas.

Já em uma análise mais ampla, envolvendo o estoque de capital em terra, a situação de rentabilidade média foi mais complicada, já que todos os estratos de produção obtiveram rentabilidade anual inferior a taxa nominal de juros Selic, de 11,75% ao ano (Figura 1). Alguns podem argumentar que a terra não deveria ser considerada na análise, pois ela tende a se valorizar no decorrer do tempo. Por outro lado, ao analisar do ponto de vista do investidor, inclusive que pretende entrar no negócio leite, o capital em terra precisa ser considerado e este é um fator de produção importante. Existem diversos exemplos de produtores de leite deixando a atividade e também de produtores tradicionais crescendo no leite. A pergunta é: tem sido observado novos investidores entrando no leite, como vem acontecendo em grãos? Isso é importante, pois afeta o futuro do leite no Brasil.

Figura 1. Taxa de remuneração do capital (%), em 2023.

Taxa de remuneração do capital

Fonte: Labor Rural/Embrapa Gado de Leite. Letras diferentes indicam diferenças significativas a 10% pelo teste de Tukey.

Indicadores técnicos e econômicos

Pode-se reparar uma intensa diferença nos indicadores técnicos das propriedades ao longo dos estratos de produção (Tabela 1). As fazendas com maiores volumes também possuem rebanhos mais bem estruturados, como pode-se observar pelos resultados dos indicadores “Vacas em lactação/total de vacas (%)” e “Vacas em lactação/total de rebanho (%)”, ou seja, há proporcionalmente mais animais gerando receitas na propriedade.

Quanto maior a produção média diária, também se observa uma melhor eficiência do uso da terra, onde o estrato de maior produção possui produtividade da terra quase seis vezes superior ao estrato de menor produção, além de possuírem rebanho com produtividade média que ultrapassa o dobro da produtividade dos rebanhos das propriedades do menor estrato de produção. Expressivo, não acha?

Em função destes melhores resultados técnicos, as propriedades com maiores volumes são expressivamente mais eficientes no uso do estoque de capital, empatando R$ 1.666 para cada litro de leite produzido, enquanto as fazendas de menores volumes empatam R$ 4.320. Este é um dos principais indicadores da pecuária leiteira e está diretamente relacionado com a rentabilidade do negócio. A consequência de tudo isso que estamos discutindo são maiores margens, seja do ponto de vista anual, seja do ponto de vista unitário.

Tabela 1 - Indicadores técnicos em MG, em 2023.

Indicadores técnicos

Até 500 litros/dia

500 a 1.000 litros/dia

1.000 a 2.000 litros/dia

2.000 a 4.000 litros/dia

Acima de 4.000 litros/dia

Vacas em lactação/total de vacas (%)

73,7 d

79,4 c

81,0 bc

83,2 ab

83,8 a

Vacas em lactação/total de rebanho (%)

29,9 d

35,6 c

37,4 bc

39,7 ab

41,4 a

Produtividade da terra (litros/hectare/ano)

2.542 d

4.102 c

5.394 b

8.880 a

14.850 a

Produtividade das vacas em lactação (litros/vaca/dia)

13,9 e

17,1 d

19,9 c

23,5 b

29,6 a

Estoque de capital por litro (R$/litro/dia)

4.320 a

3.237 b

2.758 c

1.995 d

1.666 d

Margem líquida anual da atividade (R$/ano)

15.479 c

62.774 c

128.856 c

393.547 b

1.222.328 a

Margem líquida da atividade por litro (R$/litro)

0,12 b

0,24 b

0,26 b

0,40 a

0,45 a

Fonte: Labor Rural/Embrapa Gado de Leite. Letras diferentes indicam diferenças significativas a 10% pelo teste de Tukey.

Pelo contexto observado até aqui, analisando os resultados médios, as fazendas maiores tiveram melhor desempenho econômico. Neste sentido, uma avaliação preliminar poderia concluir que as fazendas menores não ganham dinheiro com leite, que tenderiam a desaparecer, o que não é totalmente verdadeiro. De fato, na produção de commodities, o volume de produção faz muita diferença no desempenho econômico, mas existem outras questões. É importante atentar que, como demostrando pelos resultados, há um grande pacote de indicadores com resultados melhores para as fazendas de maiores volumes e este mesmo comportamento se observa em uma comparação entre as mais rentáveis e menos rentáveis de cada estrato de produção.

Um recorte considerando a eficiência econômica de uma fazenda, que é a razão entre a receita observada e a receita máxima que poderia ser obtida, apresenta outra leitura dos indicadores. Essa análise será resultado de outro estudo, mas algumas observações já podem ser adiantadas. Primeiro, todas as fazendas economicamente eficientes, aqui chamadas de benchmarks, registraram indicadores melhores que a média do grupo. Isso em praticamente todos os indicadores e custo de produção. Segundo, neste grupo de benchmarks, nem todos são grandes produtores, existindo fazendas eficientes, rentáveis e atrativas em todos os estratos de produção. No âmbito da rentabilidade, mesmo considerando o valor da terra, a média dessas fazendas foi superior a 20% no ano, o que ilustra um excelente desempenho para um ano complicado, como foi 2023.

Custo de produção e preço do leite

Analisando o mesmo recorte de volume de produção para avaliar o custo operacional total de produção e preço recebido pelo leite, observa-se comportamentos distintos. Para os custos de produção, esperava-se que um maior volume de produção pudesse gerar redução em custos, mas não foi o resultado encontrado. Os custos médios de produção foram estatisticamente iguais, quando se considera a média das fazendas nestes estratos de produção (Figura 2). Esse resultado evidencia também que em todos os grupos de produção analisados, observa-se produtores mais e menos competitivos em termos de custo. Em uma avaliação de eficiência produtiva, os produtores mais eficientes tiveram custos, em média, mais equilibrados que os produtores menos eficientes, independente do estrato de produção e este será tema de discussão em outro conteúdo.

Figura 2. Custo operacional total do leite (R$/litro) em MG, em 2023.

Custo operacional total

Fonte: Labor Rural/Embrapa Gado de Leite. Letras diferentes indicam diferenças significativas a 10% pelo teste de Tukey.

Já no caso de preço do leite, verifica-se uma elevação com o aumento do volume de produção (Figura 3). Em média, os produtores do estrato superior obtiveram preços 9,4% acima do grupo de menor volume. Isso é algo para reflexão na cadeia produtiva, no qual a bonificação por volume acaba emitindo um sinal de mercado para os produtores, dizendo que uma maior produção virá acompanhada de maior preço. No entanto, o produtor não pode estar apenas ancorado em preço de venda, precisando se atentar de fato aos resultados dos indicadores propriamente ditos, sobretudo os indicadores técnicos, que vimos anteriormente que todos são melhores as fazendas maiores.

Figura 3. Preço do leite (R$/litro) em MG, em 2023.

Preço do leite

Fonte: Labor Rural/Embrapa Gado de Leite. Letras diferentes indicam diferenças significativas a 10% pelo teste de Tukey.

Embora o preço do leite contribua na comparação média de rentabilidade entre as fazendas, não é o único fator de impacto, visto que a diferença de rentabilidade foi muito superior a diferença no preço (9,4% de diferença no preço e rentabilidade 10 vezes superior). Se o preço fosse o único fator que justifica a maior rentabilidade, essa proporção seria mais próxima ou até mesmo idêntica, não é mesmo?

Portanto, as mensagens principais observadas neste estudo são as seguintes: não é apenas o volume de produção que leva ao sucesso na atividade leiteira; não é apenas o diferencial de preços que faz a propriedade ter boa rentabilidade. Estes fatores certamente ajudam. O maior volume de produção contribui para diluir custos fixos e traz outros benefícios de mercado, mas os melhores resultados econômicos estão associados a bons resultados técnicos para dentro da porteira.

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PAULO FERNANDO ANDRADE CORREA DA SILVA

VALENÇA - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/09/2024

Obrigado pela orientação William.Estamos com necessidade de espaço extra no Compost barn, em função da boa recria e chegada de ótimas novilhas. O capital para entender mais 3 colunas, um lote de 24 vacas, e a dúvida. Toda a estrutura, inclusive de M.O.comporta tranquilamente.
WILLIAM HELENO MARIANO

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 12/09/2024

Paulo, bom dia!

Obrigado pela interação!

Por nada, estamos à disposição!

Sucesso em seu empreendimento!
PAULO FERNANDO ANDRADE CORREA DA SILVA

VALENÇA - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/09/2024

Excelente artigo que incentiva o investimento em aumento de produção. Mas, sem capital próprio, como financiar este investimento sem comprometer a rentabilidade futura?
WILLIAM HELENO MARIANO

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 11/09/2024

Paulo, boa tarde!

Obrigado pelo ótimo comentário e que bom que gostou do conteúdo!

O ponto de partida é um bom diagnóstico técnico, econômico e financeiro da propriedade, já que todo bom planejamento parte de um excelente diagnóstico. Diante disso, planejar investimentos de forma escalonada.

Neste planejamento é fundamental avaliar as prioridades de investimento, sobretudo aquelas que gerem retorno produtivo mais rápido no curto prazo e favorecer a geração de renda e capital de giro, dentro daquilo que for compatível com a realidade do propriedade no momento e seja estritamente necessário. Sobre as linhas de financiamento, é importante que a rentabilidade projetada no planejamento, em função das melhorias produtivas incrementadas pelo investimento realizado, supere a taxa de juros do financiamento. Além disso, negociar carência para o pagamento é outro ponto importante dentro de um bom planejamento financeiro, de tal forma que consiga potencializar o seu modelo de negócio, gerar resultados satisfatórios e dar tempo para cobrir as parcelas do empréstimo.

Em resumo: investir corretamente dentro de um bom planejamento e não dar passos maiores que perna.
EM RESPOSTA A WILLIAM HELENO MARIANO
WILLIAM HELENO MARIANO

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 11/09/2024

Mais um complemento:

Além de mostrar que não é somente o montante produzido e o preço recebido que são os diferenciais de bons resultados, o estímulo é ao ganho em escala, que é diferente de apenas aumentar o volume. Obter ganho em escala significa aumentar a produção de forma eficiente e isso, invariavelmente, passa pela obtenção de bons resultados técnicos (eficiência alimentar, reprodução, produtividade, etc).

Aumentar o volume a qualquer custo pode ser desastroso!
OSCAR TUPY

SÃO CARLOS - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 11/09/2024

muito bom o artigo
WILLIAM HELENO MARIANO

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 11/09/2024

Obrigado pelo comentário! Que bom que gostou!
OSCAR TUPY

SÃO CARLOS - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 11/09/2024

Muito bom o artigo
GLAUCO RODRIGUES CARVALHO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 11/09/2024

Obrigado Tupy, que bom que gostou.
Abraço.
ANDRÉ GONÇALVES ANDRADE

ROLIM DE MOURA - RONDÔNIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/09/2024

Abordagem muito interessante. Parabéns aos autores.
Uma observação importante: parece que a única vantagem econômica explícita são das fazendas com indicadores técnicos e zootécnicos superiores. Ou seja, as margens foram superiores em sua maior parte devido ao maior preço recebido por aqueles de maior volume e com melhores indicadores zootécnicos. Porém, a medida que estes se tornam a maioria do leite produzido, essa diferença tende a cair de forma acelerada e provavelmente não existirá mais em pouco tempo, pelo menos nos diferenciais que estamos acostumados (10, 20, 30% acima dos "pequenos"). Portanto creio ser importante um comparativo de propriedades com extratos de produção e índices zootécnicos padronizados (em duas condições: com preços reais e com a hipótese de preços iguais no mercado), para que possamos compreender e prospectar se estamos de fato numa transformação virtuosa, ou se estamos pegando a estrada errada.
Um fato que não pode ser desprezado, é o de que estamos crescendo sobremaneira as importações lácteas, e toda vez que isso ocorre, o setor interno grita, literalmente, como os mineiros fizeram recentemente o "Minas grita pelo leite".
Penso que o fator a ser observado é o da competitividade do setor, frente aos demais produtores mundiais. Se assim o fizermos, e creio termos todas as condições para tal, seremos imbatíveis, como somos em várias outras cadeias do agro. Se não, continuaremos indo e voltando para o muro das lamentações, procurando sempre os culpados pelas dificuldades sazonais.
GLAUCO RODRIGUES CARVALHO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 10/09/2024

Olá André, obrigado pelo comentário.
No próximo artigo iremos abordar os estratos separando em produtores com indicadores técnico-econômicos superiores e inferiores. Ai poderemos fazer essa comparação que você menciona. Não posso falar muito aqui pois ainda estamos trabalhando nos dados.

Concordo contigo que no futuro os diferenciais podem ser menores, mas precisamos avançar em competitividade. Temos sim produtores e laticínios bastante competitivos mas nossa média, talvez um reflexo de nossa heterogeneidade, nos coloca em posição frágil em relação ao mercado internacional.
MATEUS HENRIQUE SILVA LOBO

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/09/2024

Ótima abordagem, cabe a nós produtores encarar a realidade com profissionalismo.

Propriedades relativamente pequenas podem sim res altamente rentáveis, de acordo com a possibilidade em escala.

Assim como Neozelandeses que mantém 200 animais em 60ha, 1 funcionário e custos fixos reduzidos, mesmo assumindo as limitações do sistema
WILLIAM HELENO MARIANO

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 09/09/2024

Mateus, boa tarde!

Sem dúvidas! Como o Christiano Nascif sempre diz, em todos os estratos tem "quem chora e quem vende lenços".

Em breve vamos discutir sobre isso em outro conteúdo!
EM RESPOSTA A WILLIAM HELENO MARIANO
MATEUS HENRIQUE SILVA LOBO

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/09/2024

Exatamente amigo, muito bem ponderado.

Parabéns pelo artigo, muito bem conduzido!
EM RESPOSTA A MATEUS HENRIQUE SILVA LOBO
WILLIAM HELENO MARIANO

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 13/09/2024

Bom dia!

Obrigado!
MATEUS HENRIQUE SILVA LOBO

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/09/2024

Estamos comparando um nicho de produção profissional, com um nicho de produção amador? Quantas propriedades pequenas são muito viáveis economicamente, com altíssimos indices produtivos e econômicos? Na estatística elas não entram!!

Não podemos deixar a maior parte dos produtores do Brasil desacreditados, propriedades relativamente pequenas são sim um ótimo negócio, oara profissionais!
GLAUCO RODRIGUES CARVALHO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 09/09/2024

Obrigado Mateus, ótimo comentário.
Estamos comparando um grande grupo de fazendas onde existem produtores rentáveis e não rentáveis em todos os estratos. Neste artigo, colocamos apenas os dados médios. No próximo, iremos separar em cada estrato, eficientes e menos eficientes. E você está correto, propriedade relativamente pequenas também podem ter bons resultados econômicos. Da mesma forma que grandes também podem ter resultados ruins. Tudo passa pela gestão técnica e econômica.
WILLIAM HELENO MARIANO

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 09/09/2024

Mateus, boa tarde!

Boa colocação! É importante comparar laranja com laranja e banana com banana.

Ótimo termos produtores com essa visão!

Abraços!
MARCELO PEREIRA DE CARVALHO

PIRACICABA - SÃO PAULO

EM 09/09/2024

Excelente artigo! Os valores de estoque de capital/litro de leite (tabela 1) incluem o valor da terra?
WILLIAM HELENO MARIANO

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 09/09/2024

Marcelo, boa tarde!

Que bom que gostou! Sim, os resultados incluem a terra e são deflacionados para o último IGP-DI, além de seguir a metodologia do capital médio, exceto a terra e rebanho.

Abraços!
EM RESPOSTA A WILLIAM HELENO MARIANO
PAULO CESAR GERALDINI

PIRANJI - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/09/2024

Muito boa as análises!
Porém gostaria de tentar entender melhor o estoque de capital: O valor da terra varia muito nas regiões, então como fica onde a terra tem um valor tipo 150 mil o há?
A atividade já sairia bem apertada por esse indicador?
Seria possível usar o custo de oportunidade dessa terra? Ainda que seja das melhores oportunidades dessa terra na região?
EM RESPOSTA A PAULO CESAR GERALDINI
WILLIAM HELENO MARIANO

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 10/09/2024

Paulo, boa tarde!

Obrigado pelo questionamento. Sobre o valor da terra nua, nesta amostra há fazendas com valores bem elevados e valores mais baixos, com rentabilidades altas e baixas em cada grupo.

O que diferencia se essas fazendas conseguem ou não ser rentáveis é principalmente a eficiência do uso da terra, em litros/hectare/ano, que é um resultado da produtividade das vacas em lactação e da quantidade de vacas em lactação por hectare, considerando toda a área da atividade. Logicamente, quanto maior o preço médio da terra nua maior é a pressão por maior eficiência em seus mais amplos aspectos, sobretudo da terra.

A eficiência do uso da terra é um dos indicadores técnicos mais completos, visto que integra boa parte dos setores da fazenda (eficiência na produção de alimentos, eficiência reprodutiva para conseguir ter mais e melhores vacas em lactação, etc). O que pode ser feito é estimar quantos litros de leite por hectare devem ser produzidos anualmente, conforme os resultados da fazenda, para que consiga ser rentável com este valor de terra nua.

Em resumo, quanto maior for o valor da terra nua de uma determinada propriedade, maior será a necessidade de ser eficiente, sobretudo no que tange ao uso da terra. Se a atividade leiteira não for viável o suficiente frente a outras opções de investimento no mercado, o empresário deixará a atividade leiteira e migrará o para uma atividade mais rentável.

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