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O melhoramento genético pode influenciar na presença do alelo A2A2 em vacas leiteiras?

POR LARISSA DE SOUZA REIS

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/08/2024

2 MIN DE LEITURA

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A frequência do alelo A2 na pecuária leiteira tem proporcionado uma vantagem competitiva significativa aos produtores, permitindo-lhes atender à crescente demanda por produtos derivados do leite A2. No entanto, é fundamental que as vacas do rebanho sejam genotipadas, ou seja, que se identifique se são homozigotas para o alelo A2 (possuem ambos os alelos A2A2) a fim de garantir a produção de leite A2.

O ideal é selecionar vacas com o genótipo A2A2, pois, ao serem inseminadas por um touro também A2A2, garante-se que 100% de suas filhas herdarão os alelos A2A2. Para facilitar essa seleção, os sumários de touros das raças Gir Leiteiro e Girolando, disponibilizados pela Embrapa, são ferramentas essenciais para o melhoramento genético dos rebanhos com foco na produção de leite A2.

O leite A2A2 é composto por uma variação genética específica da β-caseína, conhecida como A2, que é diferente da β-caseína A1. A digestão da β-caseína A1 pode estar relacionada a problemas como alergias e distúrbios gastrointestinais, enquanto a β-caseína A2 não provoca os mesmos efeitos durante a digestão, sendo menos propensa a causar esses problemas. Por essa razão, o leite com maior concentração de β-caseína A2, identificado pelo selo A2A2, tem ganhado destaque no mercado, crescendo em popularidade e se consolidando como uma tendência em ascensão.

Um estudo realizado por Diogo et al. (2023) investigou a presença do gene A2A2 em vacas mestiças em lactação, com diferentes graus de cruzamento entre as raças Holandesa e Gir. Foram analisadas 30 fêmeas, utilizando o teste rápido A2 (Kit Leite-A2) para identificar o genótipo A2A2 a partir de amostras de leite. Os resultados, obtidos em 20 minutos, indicaram que uma linha sinalizava leite do tipo A1, enquanto duas linhas sinalizavam leite do tipo A2.

Após as análises, constatou-se que, das trinta fêmeas testadas, quatorze eram portadoras do gene A2A2, representando 46,6% dos animais. Observa-se, portanto, que o alelo A2 tem potencial para agregar valor ao leite no mercado, além de contribuir para a redução da prevalência da variante A1, associada a reações alérgicas e inflamatórias em indivíduos suscetíveis.

Portanto, se uma vaca possui o genótipo A2A2, é garantido que ela transmitirá o alelo A2 para sua progênie. Da mesma forma, uma vaca com genótipo A1A1 transmitirá o alelo A1. Já uma vaca A1A2 tem 50% de chance de transmitir qualquer um dos alelos para seus descendentes.

A genotipagem das vacas é realizada através da coleta de tecido biológico, como amostras de sangue ou de pelo, que são enviadas a um laboratório especializado. O laboratório fornece ao produtor o resultado, indicando o genótipo da vaca como A1A1, A1A2 ou A2A2. Para agilizar o processo de seleção, é recomendável descartar animais com genótipos A1A1 e A1A2, padronizando o rebanho com vacas exclusivamente A2A2.

Essa prática, além de atender à demanda por produtos lácteos de maior valor agregado, pode melhorar a qualidade do leite e reduzir a incidência de problemas de saúde relacionados ao consumo de leite A1, oferecendo benefícios tanto para os produtores quanto para os consumidores.

 

 

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Referências bibliográficas

DIOGO, B.S., REIS, E.M.B., SANTOS, B.R.C., MONTAGNER, A.E.A.D., PINEDO, L.A. 2023. Ocorrência de animais produtores de leite A2A2: estudo de caso em uma propriedade do município de Rio Branco - Acre. Brazilian Journal of Animal and Environmental Research, v.6, n.3, p. 2808-2818.

EMBRAPA. Melhoramento genético de bovinos permite a produção de leite menos alergênico. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/29569359/melhoramento-genetico-de-bovinos-permite-a-producao-de-leite-menos-alergenico.

 

 

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