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A importância do sistema ILPF no Brasil

POR EMERSON TROGELLO

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/07/2024

3 MIN DE LEITURA

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O sistema de integração lavoura pecuária floresta (iLPF), consiste em integrar diferentes atividades em mesma área e em mesmo tempo. Não necessariamente todas as atividades devem ser implantadas, temos assim um sistema que pode ser também desmembrado em integração lavoura pecuária, integração pecuária floresta, e integração lavoura floresta.

Esta integração das atividades, diversifica o ambiente floral e de fauna, garantindo assim uma maior estabilidade do sistema produtivo. Este sistema, surge com a intenção de incorporar todos os requisitos para a sustentabilidade na produção agrícola brasileira. Para um sistema ser sustentável, ele precisa cumprir com o tripé da sustentabilidade onde neles existem o fator econômico, social e ambiental, esses três fatores formam o sustentável.

O sistema em si não é novo, mas enfrentou ao longo do tempo uma resistência por parte dos produtores, os quais estão acostumados ao monocultivo tradicional empregado. Entretanto, ano após ano, os produtores que adotam tais medidas de cultivo integrado, tem conseguido demonstrar uma maior resiliência e alcançado maior estabilidade produtiva. Um exemplo clássico desta maior estabilidade, é o sistema de integração lavoura pecuária, o qual é amplamente utilizado no Brasil e garante melhores condições físicas, químicas e biológicas do solo, fazendo com que culturas como soja e milho, cultivadas nestas áreas, suportem mais o “tranco” em condições ambientais desfavoráveis, como os períodos de estresse hídrico que estão ocorrendo com maior frequência nos ciclos das culturas.

Outro clássico exemplo de sucesso é a integração da pecuária com a floresta, garantindo benefícios mútuos. A pecuária se beneficia da melhor ambiência animal, proporcionada pela sombra das árvores. Esta maior ambiência, garante maior sanidade, menor consumo de água, maior ganho de peso e maior produção de carne e leite. Já as árvores, se beneficiam das adubações indiretas, introduzidas no componente forrageiro, produzindo mais, em menor tempo. Estas árvores ainda são uma poupança ao pecuarista, produzindo madeira dia a dia, e garantindo um acúmulo de receita ao final de ciclo.

Cremos que o grande avanço, no entanto, está na atual busca por sistemas produtivos que sejam neutros na emissão dos Gases de Efeito Estufa (GEE). A tecnologia de iLPF é, sem dúvida, a mais acessível de ser implantada em pequena, média e larga escala. A ideia geral e comprovada por dados, é que o sistema bem implantado se torna neutro na emissão de GEEs, ou mesmo uma poupança de CO2(eq) que poderá ser comercializada quando tivermos um mercado de Carbono bem modulado.

Figura 1. Porcentagem de adoção das configurações de possibilidades de iLPF por parte dos produtores.

Porcentagem de adoção das configurações de possibilidades de iLPF por parte dos produtores.

Fonte: iLPF em números.

Observando estes e outros benefícios, o sistema de iLPF vem ganhando cada vez mais adeptos.

Figura 2. Adoção de sistemas iLPF em área por estado brasileiro.

Adoção de sistemas iLPF em área por estado brasileiro.

Fonte: iLPF em números.

A implantação desse sistema de integração, no entanto, não é fácil e requer um dinamismo na produção. É necessário que produtores tenham discernimento da importância e também dos desafios que irão encontrar na implantação desse sistema, uma vez que o mesmo precisa ser instalado em uma estrutura interdisciplinar. O produtor necessariamente precisa de uma assistência técnica, visando fatores zootécnicos com a produção animal, fatores silviculturais na implantação de florestas plantadas e fatores relacionados as culturas anuais, visando em sua maioria os cereais.

Independentemente se o sistema será o iLP, iPF, iLF ou o iLPF completo, a ideia é que todos estes sistemas sejam duradouros, para que assim seus benefícios sejam cumulativos ao longo dos anos, desta forma, o bom planejamento do sistema é fundamental. Tudo o que já deveria ser feito dentro do ambiente produtivo normal, deve ser ainda mais pensado no sistema iLPF.

Análise de solo bem feita, correção da acidez antes da implantação, medidas de conservação de solo, planejamento econômico ao longo do sistema, estudo da viabilidade econômica do componente florestal, escolha da melhor forrageira, entendimento de altura de entrada e saída de animais da área fazem parte do planejamento do sistema. Assim, por vezes é necessário que este sistema seja implantado de pouco a pouco, para que o produtor possa ir corrigindo os erros cometidos em cada implantação.

EMERSON TROGELLO

Agrônomo, Doutor em Fitotecnia pela UFV, professor e pesquisador do IF Goiano - Campus Morrinhos.

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