A embalagem é uma questão de grande importância tanto para os fabricantes como para as marcas, à medida que continuam a procurar formas novas e inovadoras de tornar o processo de ponta a ponta mais eficiente, sustentável e seguro. Embora este objetivo seja certamente partilhado por toda a vasta indústria alimentar e de bebidas, o setor dos laticínios enfrenta um conjunto único de desafios quando se trata de embalagens secundárias.
Ao considerar pela primeira vez os desafios das embalagens dos lácteos, provavelmente presumimos corretamente que manter o frescor do produto é a principal prioridade. Quando se trata de leite, por exemplo, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, é altamente perecível devido à sua suscetibilidade ao crescimento de microrganismos, levando à presença de patógenos bacterianos.
O problema da deterioração foi amplamente mitigado devido a avanços científicos bem estabelecidos, como a pasteurização e práticas de armazenamento otimizadas. Além disso, as melhorias nas embalagens primárias também contribuíram para o prazo de validade geral dos produtos lácteos. Quer se trate de propriedades de barreira mais fortes ou de maior durabilidade, esses avanços melhoraram enormemente a qualidade geral dos produtos lácteos no mercado.
Com as embalagens primárias amplamente manuseadas, o foco mudou para as embalagens secundárias. Simplificando, a embalagem secundária refere-se à embalagem protetora que envolve os produtos embalados durante toda a sua entrega, desde a fábrica de laticínios até o destino final na loja.
Exemplos de embalagens secundárias no setor de laticínios incluem caixas dobráveis, caixas de papelão ondulado e engradados de plástico, que são vitais para proteger a durabilidade e a segurança dos produtos. Nos laticínios, o principal desafio enfrentado pela embalagem secundária é garantir que a operação geral seja eficiente o suficiente para manter o frescor do produto, ao mesmo tempo que fornece proteção adequada contra danos de transporte.
Empresas especializadas no fornecimento de soluções de máquinas automatizadas para embalagens de laticínios, compartilham considerações comuns quando procuram fornecer serviços excepcionais aos seus clientes. No topo da lista está a versatilidade da máquina.
“Os clientes querem máquinas flexíveis. Muitos clientes parecem estar se movendo em direção a um desejo regional, onde desejam alimentos que pareçam locais e personalizados, e para fazer isso, como uma grande empresa, você precisa ser capaz de ter máquinas que possam operar em vários tamanhos e aparências diferentes.” Gwin explica.
Com mais empresas desenvolvendo embalagens exclusivas, elas também estão lançando diferentes tipos e tamanhos de materiais de embalagem. Por esse motivo, as máquinas devem ser hábeis no manuseio de diversos tipos de embalagens da mesma empresa. Este aumento nos SKUs deu ainda mais importância ao desenvolvimento de máquinas que possam lidar com múltiplos materiais e formatos.
Impacto da automação
De mãos dadas com isso está a mudança contínua em direção à automação. Sendo uma prioridade máxima para fornecedores de máquinas de embalagem secundária, a automação ajuda a reduzir erros, melhorar a higiene e aumentar a eficácia geral do equipamento (OEE).
“A automação e o controle são fatores muito importantes para o avanço”, observa Wiersma. “Se bem feito, reduz a necessidade de pessoal, melhora o desempenho da embalagem na última milha e reduz o custo dos serviços públicos.”
A automação também auxilia na sustentabilidade. Embora a primeira área de foco quando se trata de embalagens sustentáveis normalmente seja a própria embalagem, as máquinas de embalagem secundária também podem tornar o processo de embalagem mais ecológico.
“As pessoas sempre pensam na sustentabilidade em termos de emissões de uma embalagem ou reciclagem de uma embalagem, mas onde pode ajudar é na eficiência da máquina”, diz Gwin. “Tem copo que não enche direito, tem coisa que fura ou quebra, tem produto que pode derramar. É nessa eficiência e prevenção de erros, que vemos muitos ganhos de sustentabilidade.”
“A sustentabilidade não envolve apenas materiais de embalagem”, observa Wiersma. “Também se trata das necessidades energéticas e do impacto que isso tem no meio ambiente global.”
Com todos os benefícios que a automação traz, algumas empresas ainda hesitam em implementá-la integralmente em suas máquinas devido ao treinamento que exige. Embora fosse natural supor que o aumento da automação reduza a necessidade de treinamento dos operadores, esse não é necessariamente o caso.
“A base de conhecimento e o treinamento são o maior obstáculo à automação”, diz Gwin. “Quando você passa do trabalho manual para a automação, obviamente você pode reduzir o número de funcionários na sua fábrica, mas essa base de conhecimento precisa crescer para manter esse equipamento e mantê-lo funcionando. A base de conhecimento para carregar manualmente uma caixa é muito baixa, mas a base de conhecimento para manter uma encartuchadora é maior.”
Independentemente de onde as empresas se encontram quando se trata de adotar a automação, está claro que a embalagem secundária continuará sendo uma área de importância fundamental para os fabricantes de laticínios.
As informações são do Dairy Foods, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.