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Queijos franceses para todos os gostos

POR FERNANDA ANTUNES

CRUZADINHA

EM 09/08/2024

5 MIN DE LEITURA

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Não há como negar que os queijos franceses fazem parte da gastronomia mundial. Com uma variedade impressionante de tipos, formatos, texturas e sabores, essa iguaria é capaz de agradar aos mais exigentes paladares.

A França é conhecida por sua tradição secular na produção de queijos, muitos dos quais são protegidos pelo selo de “Denominação de Origem Protegida” (DOP), que garante a autenticidade e a qualidade do produto, além de preservar os métodos tradicionais de produção. Esses queijos não apenas refletem a diversidade cultural e geográfica da França, mas também desempenham um papel importante na economia local, promovendo o desenvolvimento das regiões produtoras.

A seguir, apresentamos 7 dos queijos franceses renomados, todos eles com o selo DOP, e suas características distintivas.

Brie

O queijo de casca branca aveludada, interior macio e adocicado e sabor levemente amanteigado não poderia faltar na lista. E o motivo é a versatilidade e as infinitas combinações com outros alimentos e bebidas.

O brie recebeu o nome por causa da cidade de origem, Brie, próximo a Paris, e é feito com leite de vaca cru. Segundo Débora de Carvalho Pereira Sperat Czar, jornalista, diretora da Sertãobras e professora de queijos nas escolas Mons Formation e Cifca, a iguaria é dividida em dois tipos:

  • Brie de Meaux: pesa 2,5 a 3,0 quilos e pode medir até 37 centímetros de diâmetro;
  • Brie de Melun: pesa 1,5 a 1,8 quilos e pode medir 28 centímetros de diâmetro.

Combinações: sidra (bebida alcoólica preparada com sumo fermentado de maçã), geleias, mel e torradas.

Camembert

O queijo que teve origem na cidade francesa de Camembert, na região da Normandia, é produzido a partir do leite de vaca cru, que deve ser 50% da raça Normande. Ele apresenta casca aveludada e florida branca, massa mole, pesa em torno de 250 gramas e deve ser curado, pelo menos, por três semanas.

Conta a história que Marie Harel, esposa de um fazendeiro da Vila de Camembert na Normandia deu abrigo em sua casa durante a revolução francesa a um padre fugitivo, que ficou tão grato pela hospitalidade que em troca, deu a jovem Marie conselhos preciosos sobre a secreta arte dos queijeiros.

Combinações: sidra, cervejas, vinhos (brancos, brutos ou secos), pão, damasco e figos.

Comté

Um queijo em que a cura pode durar até três anos e que é feito na região de Massif Jurassien, localizada na fronteira entre a França e a Suíça. Esse é o Comté, considerado o rei dos queijos por ser o mais famoso e comercializado do país europeu, com cerca de 64 mil toneladas por ano.

A iguaria, apesar da massa dura, é macia na boca e pode apresentar, quando velho, pequenos cristais de tirosina, aminoácido responsável por estimular o bom humor.

Cada peça de Comté pesa em torno de 40 quilos, sendo necessário 400 litros de leite para produzi-la. Outra curiosidade é que apenas duas raças de vaca são usadas na fabricação: Montbéliard e Simmental.

Combinações: vinho amarelo da região Massif Jurassien, da França, chocolate, geleia de uvas e frutas secas.

Morbier

O consumo de 11 mil toneladas por ano mostra que o Morbier está entre os mais famosos e desejados pelos moradores e turistas na França. O queijo é feito com apenas duas raças de vacas de montanha: Simmental e Montbéliard.

Durante o processo de cura, o produto recebe um suco de bactérias chamado morge, que dá a cor bronzeada à parte externa. Devido a esse tratamento, a massa apresenta cor creme, fica macia e com aroma de frutas e nuances de caramelo e baunilha, uma paleta aromática completa que vai envelhecendo e se transformando em notas mais torradas.

Um dos diferenciais é a presença de uma linha cinza no meio e que conta a história dele.

“Quando as pessoas tinham leite sobrando, mas não conseguiam produzir dois Comtés, faziam um Morbier, que é menor. Então, fabricavam um pouco do queijo e colocavam uma mão de cinzas de chaminé para cobri-lo e evitar o contato de ratos e insetos. À noite, na nova ordenha, faziam o restante do queijo, que ficava com a linha horizontal na cor cinza”, explica Débora. Atualmente, o preparo leva carvão vegetal.

Combinações: vinhos frutados, tortas e saladas.

Ossau-iraty

O queijo, feito com leite de ovelha cru ou pasteurizado, obriga os produtores a ordenhar animais apenas da raça Basco-Béarnaise Manech Tête Noire ou Tête Rouge, que significa cabeça preta ou cabeça vermelha.

A iguaria da região dos Pirineus pesa de 3,8 a 6,0 quilos, mas tem uma versão menor, de 1,8 a 3,3 quilos, e passa pelo processo de cura por 12 semanas, no mínimo. A casca é grossa e dourada, enquanto a massa é lisa, firme e com aroma que lembra ervas de feno e palha e sabor de frutas secas.

A professora explica que o nome “Ossau-Iraty" surgiu da aliança entre o Vale do Ossau, na região dos Pirineus, e a Floresta de Iraty, que pertence ao país Basco, localizada entre o Norte da Espanha e o Sudoeste da França.

Combinações: vinho tinto e pão.

Roquefort

O roquefort é considerado um queijo úmido, salgado e com massa que derrete na boca sem precisar mastigar. Além disso, apresenta cavidades azuis no interior, representando o mofo, que também pode ter nuances de verde e cinza. O odor é explosivo e picante, enquanto o gosto tem nuances metálicas.

Débora Pereira conta que uma das anedotas francesas envolvendo a iguaria diz que foi inventada por um pastor que saiu para pastorear ovelhas, mas viu uma moça bonita e esqueceu o pão com queijo, que tinha para o lanche, dentro de uma grota. Uma semana depois, o encontrou cheio de mofo e achou delicioso ao comer. “A maioria dos queijos sempre nasce de um erro, e o roquefort é um exemplo”, diz.

Combinações: pão de centeio, vinhos mais açucarados, vinho do porto, banana, manga, pão com especiarias, chocolate e café.

Sainte-Maure de Touraine

Um dos queijos de cabra mais consumidos na França, o Sainte-Maure de Touraine é produzido, obrigatoriamente, com leite de apenas três raças – Alpina, Saanen e Poitevine, ou o cruzamento delas –, e deve ser curado por, no mínimo, 10 dias.

A iguaria alimentícia é vendida em embalagens pequenas de 250 gramas em formato de rolo que possui 26 centímetros de comprimento e uma palha no meio com o nome da queijaria escrita por pirografia. Isso é a garantia da traçabilidade da denominação de origem. O queijo apresenta cremosidade, casca enrugada e sabor ácido pelo frescor do leite de cabra.

“É um queijo que representa a herança dos mouros, as populações árabes e africanas que invadiram a França há séculos. Quando os franceses expulsaram esses povos, as mulheres, que sabiam fazer queijo, ficaram com as cabras no país. É um queijo de muita tradição e delicioso”.

Combinações: patê de carne e torradas.

Já sabe tudo sobre os queijos franceses? Hora de testar seus conhecimentos na cruzadinha! Vamos nessa?

 

 

As informações são do Globo Rural, adaptadas pela equipe MilkPoint.

 

FERNANDA ANTUNES

Engenheira Agrônoma pela Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC/CAV.

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