O estresse térmico por calor em vacas leiteiras ocorre quando a taxa de ganho de calor supera a perda, fazendo com que o animal saia da sua zona de conforto térmico.
Esse tipo de estresse é um dos principais fatores de perda econômica nas fazendas, especialmente em regiões mais quentes. Ele desencadeia uma série de respostas fisiológicas e comportamentais nas vacas, que reduzem sua eficiência produtiva e resultam em prejuízos financeiros.
Entre as principais respostas das vacas ao estresse térmico, destacam-se:
- Aumento da taxa de respiração: para dissipar o calor corporal, as vacas aumentam a respiração, transferindo o calor interno para o ambiente. Se as vacas estão ofegantes, significa que estão gastando muita energia tentando se refrescar.
- Aumento da temperatura retal: a temperatura corporal das vacas pode aumentar significativamente em situações de estresse térmico. Um termômetro retal pode ajudar a confirmar essa suspeita.
- Problemas reprodutivos: o estresse pelo calor reduz a duração e a intensidade dos sinais de cio da vaca, dificultando a detecção de cio. Paralelamente, a eficácia da inseminação artificial é reduzida.
- Mudanças comportamentais: vacas estressadas pelo calor tendem a ficar mais tempo em pé, ruminam menos, comem menos e ajustam seu comportamento alimentar, concentrando a ingestão de alimentos durante a noite, quando as temperaturas são mais amenas.
- Redução na produção de leite: com o aumento do gasto energético para resfriar seus corpos e a diminuição da ingestão de matéria seca, a produção de leite pode sofrer um impacto significativo, especialmente se o período de estresse térmico se prolongar por várias semanas.
Para mitigar o estresse térmico nas vacas, algumas estratégias eficazes incluem:
- Manter bebedouros limpos e fornecer água fresca em abundância.
- Oferecer o trato nos horários mais frescos do dia, evitando as horas de maior incidência solar.
- Utilizar técnicas de resfriamento, como o uso de ventiladores, principalmente em sistemas confinados. A instalação de ventilador na sala de ordenha também é interessante, buscando minimizar ao máximo o estresse por calor no momento da ordenha. A combinação do uso de ventiladores junto aos mecanismos de resfriamentos com a aplicação de água sobre os animais para promover a evaporação e o resfriamento do corpo (aspersão, banhos, nebulizadores), otimizam a redução da temperatura corporal dos animais.
O estresse térmico é um desafio significativo para a produção de leite, impactando negativamente a saúde, o bem-estar e a produtividade das vacas leiteiras. A combinação de diferentes práticas de manejo, junto ao monitoramento das condições climáticas e do estado fisiológico dos animais, é auxiliam a otimizar a produção e o bem-estar das vacas.
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Para saber mais sobre o estresse térmico em vacas, confira também:
- Estresse térmico em vacas: efeitos e prejuízos econômicos
- Insights de uma visita sobre resfriamento de vacas em fazendas leiteiras
- Efeitos do estresse térmico em vacas de leite
- Como o estresse por calor afeta as vacas leiteiras?
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